domingo, agosto 16, 2009

"Cuide de você" - Sophie Calle


Ontem pela segunda vez, visitei com uma amiga a exposição Cuide de você, assinada pela francesa Sophie Calle.

Segundo tudo o que encontrei sobre a exposição, os jornalistas comentam que é uma das obras mais contundentes da última Bienal de Veneza (2007), "Cuide de você" foi mostrada também na França, no Canadá e em Nova York. A exposição reúne textos, fotos e vídeos nos quais 107 mulheres interpretaram, a convite da artista, uma carta de rompimento amoroso recebida por ela de um ex-amante, o escritor Grégoire Bouillier.

Optamos pela visita guiada e antes mesmo de adentrarmos a exposição, o educador que nos recebeu iniciou seu trabalho perguntando sobre as impressões que tínhamos sobre a exposição e também sobre a artista.

A partir daí tudo mudou e o que mostra me revelou foi uma apresentação bastante inteligente sobre o tema, incluindo as belíssimas fotografias, os videos, a disposição do espaço e a acessabilidade. Entendi que Sophie, nessa mostra, fez da arte contemporânea uma manifestação de fácil comunicação e de acesso não restrito, traduzidos em seus códigos, disposição, fotografias e personagens. Tudo isso pautado em um tema comum a todos: uma desilusão amorosa, o que literalmente facilita o entendimento. Sophie foi brilhante!

"No intuito de “esgotar” as mensagens contidas no texto e em seus subtextos, Calle recrutou para a tarefa "leitoras" de especialidades e profissões diferentes, entre mulheres estranhas e amigas, anônimas e famosas. O rol de mulheres que aceitaram o desafio inclui sua mãe; as atrizes Jeanne Moreau, Victoria Abril e Maria de Medeiros; a compositora Laurie Anderson; a DJ Miss Kittin; e profissionais como linguista, taróloga, juíza, antropóloga, designer, sexóloga, assistente social e clarividente, entre outras, como uma adolescente, por exemplo. Ao aplicar sua ótica pessoal ou o “filtro” de sua especialidade à carta, elas produziram um rico panorama de respostas – técnicas, acadêmicas, performáticas e emocionais – ao desafio da artista. Formatada em cinco módulos - interpretações textuais, documentos, retratos de atrizes e cantoras, filmes curtos e filmes longos -, a exposição exemplifica a singularidade da obra de Calle, que transita na fronteiras entre vida pública e privada e expõe intimidades próprias e alheias para revelar vulnerabilidades." Fonte: SESC Pompéia

Onde ver? SESC Pompéia
Quando? 11/07 a 07/09. Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 20h
Quanto? Nada, a entrada é gratuita!

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