sexta-feira, dezembro 10, 2010

Italia - Cidades do Bem Viver

Semana passada não pude assistir a uma matéria no Globo Repórter que falava sobre a Italia, cidades do Bem Viver. Foi no dia 03/12/2010. Levanto, na Italia é uma dessas cidades.

"Cidades descobrem benefícios de viver em ritmo mais lento na Itália

Para ganhar o título do "bem viver", as cidades precisam cumprir 55 metas. Entre elas, ajudar pequenos investidores a defender produtos locais. A ideia é promover mudanças de mentalidade e estilo de vida da cidade.

Os esforços por uma vida melhor e mais saudável poderão ser inúteis, se a cultura da velocidade não for revista. No pensamento moderno, o tempo é uma riqueza que está escasseando, como o petróleo ou a água. E a sensação de falta de tempo é uma doença crônica, sem remédio.

Controlar o tempo, uma ambição humana tão antiga quanto os povos remotos, ganhou na Itália um novo significado. No país, começou uma experiência inovadora, considerada uma das saídas para a salvação do planeta: diminuir o ritmo, ir mais devagar, com calma. A ideia do movimento que está se espalhando pelo mundo, "cidades do bem viver", é promover mudanças de mentalidade e estilo de vida."

Procurei os videos na internet e estão separados em três partes.

Parte I

Parte II

Parte III

Fonte: Globo Repórter

Quero viver em um lugar assim....

domingo, novembro 21, 2010

Tenho medo, por Rubem Alves


Preciso confessar que essa crônica é mais pra mim, do que pra vcs. Eu tenho medo...vários medos...e o pior deles é deixar minhas filhas, acredito que só uma mãe saiba a dor de um medo desse...por isso, tenho medo!

Tenho medo...


Um casal de amigos enviou-me um fax com um pedido: que lhes mandasse os nomes dos livros que tenho sobre o medo. Explicaram a razão do pedido: tinham medo... E pensavam que pela leitura daquilo que sobre o medo se escreveu como ciência e filosofia, o seu próprio medo ficaria mais leve.

Procurei fazer o que me pediam. Pus a funcionar os arquivos da minha memória, procurando identificar os livros sobre o medo que estariam na minha biblioteca. Inutilmente. Nenhum título me veio à mente. Dei-me conta de que não possuo nenhum livro sobre o medo. Sem livros a que recorrer, pus-me a pensar meus próprios pensamentos sobre o medo. E o primeiro pensamento que me veio foi o seguinte: Eu tenho medo. Eu sempre tive medo. Viver é lutar diariamente com o medo. Talvez esse seja o sentido a lenda de São Jorge, lutando com o dragão. O dragão não morre nunca. E a batalha se repete, a cada dia.

Como não pudesse ajudar meus amigos com bibliografia filosófica e científica, resolvi compartilhar com eles minha condição. O medo tem muitas faces. Lembro-me de que, bem pequeno ainda, acordei chorando, imaginando que um dia eu estaria sozinho no mundo. Foi uma dura experiência de abandono. Tive medo de não ser capaz de ganhar a minha vida quando meu pai e minha mãe partissem. Na verdade eu tinha era medo da orfandade, do abandono. Minha filha Raquel tinha não mais que três anos. Era cedo, bem cedo. Ela me acordou e me perguntou: “Papai, quando você morrer você vai sentir saudades?“ Essa foi a forma delicada que ela teve de me dizer que tinha medo da saudade que ela iria sentir, quando eu partisse. O rosto do medo mudou. Mas o sentimento continua o mesmo. Tenho medo da solidão. Há uma solidão boa. É a solidão necessária para ouvir música, ler, pensar, escrever. Mas há a solidão do abandono. Buber relata que, numa língua africana, a palavra para dizer “solidão“ é composta de uma série de palavras aglutinadas que, se traduzidas uma a uma, dariam a frase: Lá, onde alguém grita: Oh! mãe! Estou perdido! O trágico dessa palavra é que o grito nunca será ouvido, nunca terá resposta. Tenho medo da degeneração estética da velhice. Tenho medo que um derrame me paralise, deixando-me sem meios de efetivar a decisão que seria sábia e amorosa: partir. Tenho medo da morte. Antigamente esse medo me atormentava diariamente. Depois ele se tornou gentil. Ficou suave. Passei a compreender que a morte pode ser uma amiga. Veio-me à mente uma frase que se encontra na oração Pelos que vão morrer, de Walter Rauschenbusch: “Ó Deus, nós te louvamos porque para nós a morte não é mais uma inimiga, e sim um grande anjo teu, nosso amigo, o único a poder abrir, para alguns de nós, a prisão da dor e do sofrimento e nos levar para os espaços imensos de uma nova vida. Mas nós somos como crianças, com medo do escuro...“ (Orações por um mundo melhor, Paulus ). O Vinícius disse a mesma coisa de um outro jeito: “Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio pelo momento a vir, quando, emocionada, ela virá me abrir a porta como uma velha amante, sem saber que é a minha mais nova namorada.“ Boas são as palavras das orações e dos poemas: elas têm o poder de transfigurar a face do medo. Meu medo da morte ficou suave porque o seu terror foi amenizado pela tristeza. Ah! Mário Quintana! Como eu gosto de você, velho que nunca deixou de ser menino! Você sabia tirar o terror do medo rindo diante dele. Você lidava com seus medos como se fossem brinquedos. Delicioso, esse brinquedinho: “Um dia...pronto!...me acabo./ Pois seja o que tem de ser./ Morrer: que me importa? O diabo é deixar de viver!“ Isso mesmo. O terrível não é morrer; é deixar de viver. O terrível não é o que está à frente; é o que deixamos para trás. É um desaforo ter de deixar essa vida! Zorba, quando percebeu que seu momento chegara, foi até a janela, olhou para as montanhas no horizonte, pôs-se a relinchar como um cavalo e gritou: “Um homem como eu teria de viver mil anos!“ E eu pergunto: “Por que tanta modéstia? Por que só mil?“

Mas tenho medo do morrer. Medo da morte e medo do morrer são coisas distintas. O morrer pode ser doloroso, longo, humilhante. Especialmente quando os médicos não permitem que o corpo que deseja morrer, morra.

Tenho medo também da loucura. Não há sinal algum de que eu vá ficar louco. Mas nunca se sabe! Muitas mentes luminosas ficaram insanas. E tenho medo de que algo ruim venha a acontecer com meus filhos e netas. Sábias foram as palavras daquele homem que, no livro onde deveriam ser escritos os bons desejos à recém-nascida neta do rei, escreveu: “Morre o avô, morre o pai, morre o filho...“ Enfurecido, o rei lhe pede explicações. “Majestade: haverá tristeza maior para um avô que ver o seu filho morrer? E para o seu filho: haveria tristeza maior que ver sua filhinha morrer? É preciso que a morte aconteça na ordem certa...“ Tenho medo de que a morte não aconteça na ordem certa.

Somos iguais aos animais, em que as mesmas coisas terríveis podem acontecer a eles e a nós. Mas somos diferentes deles porque eles só sofrem como se deve sofrer, isto é, quando o terrível acontece. E nós, tolos, sofremos sem que ele tenha acontecido. Sofremos imaginando o terrível. O medo é a presença do terrível-não-acontecido, se apossando das nossas vidas. Ele pode acontecer? Pode. Mas ainda não aconteceu e nem se sabe se acontecerá.

Curioso: nós, humanos, somos os únicos animais a ter prazer no medo. A colina suave não seduz o alpinista. Ele quer o perigo dos abismos, o calafrio das neves, a sensação de solidão. A terra firme, tão segura, tão sem medo, tão monótona! Mas é o mar sem fim que nos chama: “A solidez da terra, monótona, parece-nos fraca ilusão. Queremos a ilusão do grande mar, multiplicada em suas malhas de perigo...“ (Cecília Meireles).

A pomba, que por medo do gavião, se recusasse a sair do ninho, já se teria perdido no próprio ato de fugir do gavião. Porque o medo lhe teria roubado aquilo que de mais precioso existe num pássaro: o vôo. Quem, por medo do terrível, prefere o caminho prudente de fugir do risco, já nesse ato estará morto. Porque o medo lhe terá roubado aquilo que de mais precioso existe na vida humana: a capacidade de se arriscar para viver o que se ama.

O medo não é uma perturbação psicológica. Ele é parte da nossa própria alma. O que é decisivo é se o medo nos faz rastejar ou se ele nos faz voar. Quem, por causa do medo, se encolhe e rasteja, vive a morte na própria vida. Quem, a despeito do medo, toma o risco e voa, triunfa sobre a morte. Morrerá, quando a morte vier. Mas só quando ela vier. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á. Mas quem perder a sua vida, a encontrará.“ Viver a vida, aceitando o risco da morte: isso tem o nome de coragem. Coragem não é ausência do medo. É viver, a despeito do medo.

Houve um tempo em que eu invocava os deuses para me proteger do medo. Eu repetia os poemas sagrados para exorcizar o medo: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum...“ “Mil cairão à tua direita, dez mil à tua esquerda, mas nenhum mal te sucederá...“ A vida me ensinou que esses consolos não são verdadeiros. Os deuses não nos protegem do medo. Eles nos convidam à coragem de viver a despeito dele.


Aperitivos

1. Talvez essa seja a razão por que amamos o circo: porque nele podemos sentir medo sem correr perigo: voamos com os trapezistas, equilibramo-nos no fio de aço, enfrentamos tigres e leões... Experimentamos, na fantasia, o medo diante do terrível, assentados num lugar seguro...

2. Bachelard: a delicadeza das suas meditações sobre a luz da vela acontece perante o medo de que um vento mais forte apague a chama: “Sim, a luz de um olhar, para onde ela vai quando a morte coloca seu dedo frio sobre os olhos de um morto?“ E no último parágrafo ele pergunta: “... será que ainda há tempo...?“

3. Drummond: “Eterno (mas até quando?) é esse barulho em nós de um mar profundo. Naufragamos sem praia; e na solidão dos botos afundamos...“ E o Vinícius, que confessava o “terrível medo de renascer dentro da treva."

Fonte: Rubem Alves - Correio Popular, Caderno C, 22/07/2001.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Felicidade e alegria por Contardo Calligaris


18 Novembro 2010

Felicidade e alegria

Ser alegre (muito melhor do que ser feliz) é gostar de viver mesmo quando a vida nos castiga


"QUANDO EU era criança ou adolescente, pensava que a felicidade só chegaria quando eu fosse adulto, ou seja, autônomo, respeitado e reconhecido pelos outros como dono exclusivo do meu nariz.

Contrariando essa minha previsão, alguns adultos me diziam que eu precisava aproveitar bastante minha infância ou adolescência para ser feliz, pois, uma vez chegado à idade adulta, eu constataria que a vida era feita de obrigações, renúncias, decepções e duro labor.

Por sorte, 1) meus pais nunca disseram nada disso; eles deixaram a tarefa de articular essas inanidades a amigos, parentes ou pedagogos desavisados; 2) graças a esse silêncio dos meus pais, pude decretar o seguinte: os adultos que afirmavam que a infância era o único tempo feliz da vida deviam ser, fundamentalmente, hipócritas; 3) com isso, evitei uma depressão profunda pois, uma vez que a infância e a adolescência, que eu estava vivendo, não eram paraíso algum (nunca são), qual esperança me sobraria se eu acreditasse que a vida adulta seria fundamentalmente uma decepção?

Cheguei à conclusão de que, ao longo da vida, nossa ideia da felicidade muda: 1) quando a gente é criança ou adolescente, a felicidade é algo que será possível no futuro, na idade adulta; 2) quando a gente é adulto, a felicidade é algo que já se foi: a lembrança idealizada (e falsa) da infância e da adolescência como épocas felizes.

Em suma, a felicidade é uma quimera que seria sempre própria de uma outra época da vida -que ainda não chegou ou que já passou.

No filme de Arnaldo Jabor, "A Suprema Felicidade", que está em cartaz atualmente, o avô (extraordinário Marco Nanini) confia ao neto que a felicidade não existe e acrescenta que, na vida, é possível, no máximo, ser alegre.

Claro, concordo com o avô do filme. E há mais: para aproveitar a vida, o que importa é a alegria, muito mais do que a felicidade. Então, o que é a alegria?

Ser alegre não significa necessariamente ser brincalhão. Nada contra ter a piada pronta, mas a alegria é muito mais do que isso: ser alegre é gostar de viver mesmo quando as coisas não dão certo ou quando a vida nos castiga. É possível, aliás, ser alegre até na tristeza ou no luto, da mesma forma que, uma vez que somos obrigados a sentar à mesa diante de pratos que não são nossos preferidos ou dos quais não gostamos, é melhor saboreá-los do que tragá-los com pressa e sem mastigar. Melhor, digo, porque a riqueza da experiência compensa seu caráter eventualmente penoso.

Essa alegria, de longe preferível à felicidade, é reconhecível sobretudo no exercício da memória, quando olhamos para trás e narramos nossa vida para quem quiser ouvir ou para nós mesmos. Alguém perguntará: é reconhecível como?

Pois é, para quem consegue ser alegre, a lembrança do passado sempre tem um encanto que justifica a vida. Tento explicar melhor.

Para que nossa vida se justifique, não é preciso narrar o passado de forma que ele dê sentido à existência. Não é preciso que cada evento da vida prepare o seguinte. Tampouco é preciso que o desfecho final seja sublime (descobri a penicilina, solucionei o problema do Oriente Médio, mereci o Paraíso).

Para justificar a vida, bastam as experiências (agradáveis ou não) que a vida nos proporciona, à condição que a gente se autorize a vivê-las plenamente.

Ora, nossa alegria encanta o mundo, justamente, porque ela enxerga e nos permite sentir o que há de extraordinário na vida de cada dia, como ela é.

É óbvio que não consegui explicar o que são a alegria e o encanto da vida. Talvez eles possam apenas ser mostrados: procure-os em "Amarcord" (1973), de Federico Fellini, em "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" (2003), de Tim Burton ou no filme de Jabor. "A Suprema Felicidade" me comoveu por isto, por ter a sabedoria terna de quem vive com alegria e, portanto, no encantamento.

Segundo Max Weber (1864-1920), a racionalidade do mundo industrial teria acabado com o encanto do mundo. Ultimamente, bruxos, vampiros, lobisomens, deuses e espíritos andam por aí (e pelas telas de cinema); aparentemente, eles nos ajudam a reencantar o mundo.

Ótimo, mas, para reencantar o mundo, não precisamos de intervenções sobrenaturais. Para reencantar o mundo, é suficiente descobrir que o verdadeiro encanto da vida é a vida mesmo."

Fonte: http://contardocalligaris.blogspot.com/

sábado, novembro 06, 2010

34ª Mostra de Cinema São Paulo

Durante o último mês tivemos a 34 Mostra de cinema com filmes diversos. A programação completa está no site Mostra Internacional de Cinema.

O alemão "Quando Partimos" foi considerado o melhor filme da mostra. Não vejo a hora de ver.


Essa é a programação da repescagem da 34ª Mostra de SP

Sexta-feira (5)
Cinemateca - Sala BNDES

14h - Hermano, de Marcel Rasquin (96'). Venezuela
15h50 - Antonioni sobre Antonioni, de Carlo di Carlo (55'). Itália
17h30 - China, de Michelangelo Antonioni (208'). Itália
21h15 - Memórias de Xangai, de Jia Zhang Ke (125'). China

Cine Livraria Cultura 1

14h - Sou Terrorista, de Valérie Gaudissart (94'). França
16h - Abel, de Diego Luna (85'). México
17h50 - A Árvore, de Julie Bertucelli. França, Autrália
19h50 - Rosa Morena, de Carlos Oliveira. Brasil, Dinamarca
21h50 - A Valsa das Flores, de Alyona Semenova, Alexander Smirnov (98'). Rússia
23h50 - Howl, de Rob Epstein, Jeffrey Friedman

Cinesesc

14h - Até o Fim do Mundo, de Wim Wenders (279'). Alemanhã, França, Autrália
18h50 - Uma Carta para Elia (60'). EUA
20h10 - Jardim Sonoro, de Nicola Bellucci (86'). Suíça
21h50 - Pense Global, Aja Rural, de Coline Serreau (113'). França
Submarino, de Thomas Vinterberg (110'). Dinamarca

Sábado (6)
Cinemateca - Sala BNDES

14h - Como eu Terminei este Verão, de Alexei Popogrebsky (124'). Rússia
16h30 - Howl, de Rob Epstein, Jeffrey Friedman (90'). EUA
18h20 - Submarino, de Thomas Vinterberg (110'). Dinamarca
20h30 - Em um Mundo Melhor, de Susanne Bier (105'). Dinamarca

Cine Livraria Cultura 1

14h - As Quatro Voltas, de Michelangelo Frammartino (88'). Itália, Alemanha, Suíça
15h50 - Pink Floyd The Wall, de Alan Parker (95'). Reino Unido
17h50 - O Mágico, de Sylvain Chomet (80'). França, Inglaterra
19h30 - Beyond, de Pernilla August (94'). Suécia, Finlândia
21h30 - José & Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes (125'). Brasil, Portugal, Espanha
0:00 Caterpillar, de Koji Wakamatsu (85'). Japão

Cine Livraria Cultura 2

14h - Me Alugo para Sonhar - Parte 1, de Ruy Guerra (100'). Cuba
16h- Me Alugo para Sonhar - Parte 2, de Ruy Guerra (100'). Cuba
18h - Me Alugo para Sonhar - Parte 3, de Ruy Guerra (100'). Cuba
20h - Michel Ciment, a arte de partilhar filmes, de Simone Lainé (52'). França

Cinesesc

14h - A Vala, de Wang Bing (109'). França, Bélgica
16h10 - Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz (266'). Portugal
20h50 - Quando Partimos, de Feo Aladag (119'). Alemanha
23h10 - Balibo, de Robert Connolly (111'). Austrália, Timor Leste

Domingo (7)
Cinemateca - Sala BNDES

14h - Outubro, de Daniel Vega, Diego Vega (83'). Peru, Espanha, Venezuela
15h40 - Meninos de Kichute, de Luca Amberg (102'). Brasil
17h40 - Um Homem que Grita, de Mahamat Saleh Haroun (92'). França, Bélgica, Chade
19h30 - Minha Felicidade, de Sergei Loznitsa (127'). Alemanha, Ucrânica, Holanda
22h - Almas Silenciosas, de Aleksei Fedorchenko (75'). Rússia

Cine Livraria Cultura 1

14h - Submarino, de Thomas Vinterberg (110'). Dinamarca
16h10 - Carlos, de Olivier Assayas (330'). França, Alemanha
22h - Os Dois Escobares, de Jeff Zimbalist, Michael Zimbalist (100'). Colômbia, EUA

Cinesesc

14h - A Vala, de Wang Bing (109'). França, Bélgica
16h10 - Sem Medo - As Canções de Luciano Libague, de Piergiorgio Gay (85'). Itália
18h - O Samba que Mora em Mim, de Georgia Guerra-Peixe (72'). Brasil, Portugal
19h40 - Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley (99'). Brasil, Inglaterra
21h40 - Howl, de Rob Epstein, Jeffrey Friedman (90'). EUA

Fonte: Cinema Terra

domingo, outubro 24, 2010

A Partida


A Partida!
Filme japonês, sensível, emocionante e com uma trilha sonoro que embriaga de tão feliz. O recomendo sempre e hoje...

...hoje, mais uma vez o citei e relembrei das reflexões que fiz quando o assisti. Uma delas foi, como um simples ritual pode mudar a vibração daqueles que ficam, como o cuidado com os pensamentos interferem na situação e como o cuidado é extremamente importante e ajuda o espírito que desencarnou fazer com menos dificuldade a passagem.

A Partida

titulo original: (Okuribito)

lançamento: 2008 (Japão)

direção: Yojiro Takita

atores: Masahiro Motoki , Tsutomu Yamazaki , Ryoko Hirosue , Kazuko Yoshiyuki , Kimiko Yo

duração: 130 min

gênero: Drama

Sinopse:

Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki) tem o sonho de tocar violoncelo profissionalmente. Para tanto se endivida e compra um instrumento, conseguindo emprego em uma orquestra. O pequeno público que comparece às apresentações faz com que a orquestra seja dissolvida. Sem ter como pagar, ele devolve o instrumento e decide morar, com sua esposa Mika (Ryoko Yoshiyuki), em sua cidade natal. Em busca de emprego, ele se candidata a uma vaga bem remunerada sem saber qual será sua função. Após ser contratado, descobre que será assistente de um agente funerário, o que significa que terá que manipular pessoas mortas. De início Daigo tem nojo da situação, mas a aceita devido ao dinheiro. Apesar disto, esconde o novo trabalho da esposa. Aos poucos ele passa a compreender melhor a tarefa de preparar o corpo de uma pessoa morta para que tenha uma despedida digna.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/partida/

La prima cosa bella

La prima cosa bella

É uma das músicas do filme italiano que tem o mesmo nome, é uma das indicações para o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Sinopse :
Em 1971, na pequena cidade de Livorno, no litoral italiano, Bruno vê a mãe Anna ser apelidada de “Miss Mamma”, atraindo os olhares da população masculina e provocando suspeitas no marido Mario. Desde então, o fato de ter uma mãe extrovertida e atraente converte-se em motivo de embaraço para ele. Adulto, tornou-se um professor desinteressado e vive uma vida morta, tendo cortado os laços com a família e a cidade natal. Um dia, Valeria, sua irmã que mal o conhece, entra em contato para avisar que Anna está sofrendo de uma doença terminal e convencê-lo a ir ver a mãe uma última vez.

A música na voz de Malika Ayane, ficou lindíssima.

La Prima Cosa Bella
Ho preso la chitarra
e suono per te
il tempo di imparare
non l’ho e non so suonare
ma suono per te.
La senti questa voce
chi canta e` il mio cuore
amore amore amore
e` quello che so dire
ma tu mi capirai
I prati sono in fiore
profumi anche tu
ho voglia di morire
non posso piu` cantare
non chiedo di piu`
La prima cosa bella
che ho avuto dalla vita
e` il tuo sorriso giovane, sei tu.
Tra gli alberi una stella
la notte si e` schiarita
il cuore innamorato sempre piu`
sempre piu`
La senti questa voce
chi canta e` il mio cuore
amore amore amore
e` quello che so dire
ma tu mi capirai
I prati sono in fiore…
La prima cosa bella
che ho avuto dalla vita
e` il tuo sorriso giovane sei tu
Tra gli alberi una stella
la notte si e` schiarita
il cuore innamorato sempre piu`
La senti questa voce
chi canta e` il mio cuore
amore amore amore
e` quello che so dire
ma tu mi capirai
ma tu mi capirai

A primeira coisa bela
Peguei o violão
E toco para você
O tempo de aprender
Não tive e não sei tocar
Mas toco para você.
Escute esta voz
Quem canta é meu coração
Amor, amor, amor
É aquilo que sei dizer
Mas você me entenderá
Os prados estão floridos
Perfumam até você
Desejo morrer
Não posso mais cantar
Não peço nada mais
A primeira coisa bela
Que tive da vida
É o seu sorriso jovem, é você
Entre as árvores uma estrela
A noite está limpa
O coração enamorado sempre mais
Cada vez mais
Escute esta voz
Quem canta é meu coração
Amor, amor, amor
É aquilo que sei dizer
Mas você me entenderá
Os prados estão floridos
A primeira coisa bela
Que tive da vida
É o seu sorriso jovem, é você
Entre as árvores uma estrela
A noite está limpa
O coração enamorado sempre mais
Escute esta voz
Quem canta é meu coração
Amor, amor, amor
É aquilo que sei dizer
Mas você me entenderá
Mas você me entenderá

Fonte: http://letras.terra.com.br/malika-ayane/1621848/traducao.html


A música é belíssima....o filme... Ah! Esse espero assistir em breve.

sábado, outubro 09, 2010

Joseph Beuys - A revolução somos nós



Joseph Beuys, uma visita a obra de uma artista que revolucionou a arte contemporânea. Fiquei emocionada e tudo me provocou inúmeras reflexões.

Saiba tudo no site do Sesc: http://www.beuys.com.br/

domingo, agosto 22, 2010

Final de semana como sol!


Finalmente, final de semana em São Paulo com sol!!!

Sob um sol gostoso, caminhei pelo bairro anciosa para ver a ampliação de fotos que há algum tempo ocupam um espaço considerável no computador. Depois caminhei batendo papo com minha amiga-atriz.

Estávamos sedentas por um caldo de cana geladinho e por um pastelzinho de queijo....ahhhhhhh que delícia!

Entramos na livraria, separei alguns livros e fiquei por algum tempo desbravando-os com o desejo de descobrir novas coisas. É hora de ir!

No final da noite, estiva lá, no teatro vendo pela segunda vez a peça de formatura de minha amiga dedicada e apaixonada pelo teatro. Novamente me emocionei.....ela estava deslumbrante...esbanjando talento e os três anos de muito estudo.

Fui dormir bem cansada, mas feliz!

Hoje, acordei cedinho, fui para o estudo com as crianças, revi a família e depois....tchan tchan tchan tchan....

Almoço-feliz na casa de um casal amigo, feijoada, caipirinha, conversa boa, crianças adoráveis e petit gateau (essa receita do Gustavo é muita boa). Ah! Também descobri que o Klaus e a Marina tem um blog, é mole?

Nossa, o dia estava lindo, o ambiente agradável e eu implorei para que o domingo parasse, mas não deu certo : (

É, o domingo chegou ao fim.... é hora de arrumar as coisas para a semana , agradecendo por mais um dia de paz e muito amor.

Obrigada por mais um dia! Que tenhamos todos uma excelente semana : -)

sexta-feira, agosto 20, 2010

Donka, una lettera a Chekhov


DONKA - UMA CARTA A TCHEKHOV

"Estreia, no SESC Pinheiros, Donka - uma carta a Tchekhov, espetáculo escrito e dirigido pelo suíço-italiano Daniele Finzi Pasca, que utiliza a linguagem do circo-teatro para homenagear os 150 anos do escritor russo Anton Tchekhov.

Usando clowns, músicos e acrobatas, a montagem cria situações e imagens insólitas a partir de fragmentos da vida e da obra do escritor russo, que também era médico e pescador."Tchekhov gostava de pescar, e fazia isso para pensar e refletir tranquilamente. Alguns peixes se pescam nas profundezas, sem utilizar boia, mas fixando uma sineta na extremidade da vara. Donka é o nome de uma destas sinetas, um destes instrumentos com os quais Tchekhov se preparava para a meditação", explica o diretor.

A produção russa da companhia Teatro de Sunil e do Chekhov International Theatre Festival, co-produzida por Théâtre Vidy-Lausanne e Inlevitas Productions, é apresentada em português no Teatro Paulo Autran, com curta temporada que vai de 14/8 a 20/8.

A montagem estreou em Moscou no dia 29/01 deste ano, data em que se comemoraram os 150 anos do nascimento de Tchekhov, e chegou ao Brasil para apresentações em Belo Horizonte [Festival Internacional de Teatro] e na capital paulista.

Como clowns e narradores da história, os integrantes do elenco transitam entre diversos personagens e universos das obras do autor russo. Uma carta a Tchekhov, subtítulo do espetáculo, é uma referência ao fato de que a montagem não fala de Tchekhov, mas fala a Tchekhov.

"Contamos o encontro do nosso mundo, do mundo da clowneria e do circo, com seu mundo. Buscamos os detalhes, as coincidências, as encruzilhadas entre Tchekhov homem de teatro, médico e pescador. Tentamos ler as margens de seus escritos, suas notas, seus cadernos de anotações, tentamos escutar os sons de seus contos, as coincidências entre seu tempo/espaço e nosso tempo/espaço", define Pasca.

O elenco de Donka conta com a participação de duas atrizes brasileiras, Helena Bittencourt, que trabalhou com Daniele Finzi Pasca no Cirque du Soleil e hoje vive na Espanha, e Beatriz Sayad, atriz que integrou o Teatro do Sunil de 1991 a 1999, atuando no espetáculo 1337 - Déjeneur sur l'herbe."

Fonte: Portal SESC Pinheiros

Programão!

Não tinha mais ingresso, cheguei um pouco antes de começar o espetáculo. Segui o conselho da Mel e fui ver se algum convidado tinha desistido.

Consegui! Faltavam 5 minutos para começar e eu estava sentadinha, parecendo uma criança...

...nunca vi um espetáculo tão lindo!

Grazie amica e buona notte.

terça-feira, agosto 17, 2010

Dança Afro-Brasileira

"As danças de influência predominantemente negras, como batuques, tambor de criola, jongo e as danças dos orixás, como instrumento de improvisação e reelaboração desse universo."
Vamos experimentar!

Em algum lugar na Puglia....

domingo, agosto 15, 2010

Mostra del Poster - Galleria Buenos Aires, 2 - Milano

Ferrario apresentou me dois artistas excelentes, enquanto me despedia da acolhedora Milão.

Visitamos dentro de uma galeria, a loja Mostra del Poster, em corso Buenos Aires. Fiquei encantada ao ver tanta coisa linda.

Apresento à vocês: Francesco Musante

Andrea Agostini





















Ambos italianos, va bene?

Salento, Puglia - Italia


Bari foi a primeira parada antes de iniciar uma jornada maravilhosa pela região do Salento, ou península salentina ou ainda como é conhecida - Taco da Itália, (descobri que bota em italiano significa outra coisa, depois conto).

O Salento fica localizado no extremo sul da região Apúlia (Puglia, em italiano) tendo o mar Jônio ao oeste e o Adriático ao leste.
Acompanhe a viagem pelo mapa!

Fomos ao encontro de alguns amigos em Villanova. Visitamos algumas praias pela região, comendo fogazza e tomando muita água. A noite conseguimos assistir a um concerto de Nina Zilli em Torre Regina Giovanna (Brindisi). Era um espaço aberto com alguns monumentos em ruínas, pedras, areia, árvores, amigos queridos e boa música. Estávamos sob um céu estrelado, fomos acolhidos por uma noite deliciosa e dançávamos ao som de uma banda animada e muito competente.

Visitamos Gallipoli, cidade de arquitetura barroca, situada sobre uma pedra calcária pitorescas da ilha jónica de Salento; ligado ao contintente por uma ponte do século XVII. Gallipoli, a palavra vem do grego que significa "bela cidade", além de ser chamada de "Ionian Pearl" por sua elegância e charme. No final da tarde os pescadores chegam com seus barcos e expõe seus peixes e mariscos frescos para compra. No centro da cidade prova-se o delicioso sorvete e aprecia-se o artesanato da região.

Ostuni, a "cidade branca", tem origem na palavra grega Neonasty, fica na província de Brindisi. Com suas ruas de pedras, arcos, becos e casas pintadas de branco é um encantador exemplo da arquitetura mediterrânea. Com a ajuda de um amigo, comemos em lugar maravilhoso, um ritual de quase três horas, provando tudo da comida típica pugliese, com azeite e vinho da região. Outra noite inesquecível!

Já em Torre Lapillo, mais visitas a praias lindas, de lá, pegamos o carro e fomos conhecer Porto Selvaggio. Reserva natural, localizada na comune de Nardò, província de Lecce. Ao som das cigarras e sendo observados por altos pinhais, chegamos ao mar. Águas calmas e transparentes, sob o guarda-sol fincado nas pedras, passamos um dia bastante especial para mim. E para fechar o dia, um delicioso aperitivo regado a proseco, azeitonas e um lindo pôr-do-sol.

Última cidade visitada por nós foi Castro, entre Otranto e Santa María di Leuca, cidade belíssima, cercada por antigos muros, permanece alta sobre a falésia com uma vista inigualável.



Amistad

O estudo que fiz hoje com as crianças era sobre Amizade, lembrei de você e citei meu mais novo amigo :-)
Grazie por apresentar Rubem Alves e tornar nossa viagem tão especial.

Rubem Alves

Recentemente tirei alguns dias para viajar de férias e conheci um autor interessantíssimo de nome Rubem Alves...adorei a forma com que escreve, sua sensibilidade e simplicidade ao tratar as coisas do cotidiano. Como foi por meio de uma amiga que o conheci, deixo aqui, um texto dele que fala sobre amizade.

A Amizade

Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê! Dei-me conta, com uma intensidade incomum, da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá. A beleza da poesia, da música, da natureza, as delícias da boa comida e da bebida perdem o gosto e ficam meio tristes quando não temos um amigo com quem compartilha-las. Acho mesmo que tudo o que fazemos na vida pode se resumir nisto: a busca de um amigo, uma luta contra a solidão...

Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando jovem, e do qual nunca me esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu herói adolescente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que experimentava naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes. O encontro acontecera de repente, mas era como se já tivessem sido amigos a vida inteira.

A experiência da amizade parece ter suas raízes fora do tempo, na eternidade. Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez, estando com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro.

Christophe voltou sozinho dentro da noite. Seu coração cantava ‘Tenho um amigo, tenho um amigo!’ Nada via. Nada ouvia. Não pensava em mais nada. Estava morto de sono e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três vezes, como que por uma idéia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a adormecer.”

Jean-Christophe compreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja companhia não é preciso falar. Você tem aqui um teste para saber quantos amigos você tem. Se o silêncio entre vocês dois lhe causa ansiedade, se quando o assunto foge você se põe a procurar palavras para encher o vazio e manter a conversa animada, então a pessoa com que você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos não por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo, comer, jogar ou transar. Até que tudo isso pode acontecer. Mas a diferença está em que, quando a pessoa não é amiga, terminado o alegre e animado programa vem o silêncio e o vazio – que são insuportáveis. Nesse momento o outro se transforma num incômodo que entulha o espaço e cuja despedida se espera com ansiedade.

Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. Basta a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro. Amigo é alguém cuja simples presença traz alegria independentemente do que se faça ou diga. A amizade anda por caminhos que não passam pelos programas.
Uma estória oriental conta de uma árvore solitária que se via no alto da montanha. Não tinha sido sempre assim. Em tempos passados a montanha estivera coberta de árvores maravilhosas, altas e esguias, que os lenhadores cortaram e venderam. Mas aquela árvore era torta, não podia ser transformada em tábuas. Inútil parra os seus propósitos, os lenhadores a deixaram lá. Depois vieram os caçadores de essências em busca de madeiras perfumadas. Mas a árvore torta, por não ter cheiro algum, foi desprezada e lá ficou. Por ser inútil, sobreviveu. Hoje ela está sozinha na montanha. Os viajantes se assentam sob a sua sombra e descansam.

Um amigo é como aquela árvore. Vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência de comunhão. Diante do amigo sabemos que não estamos sós. E alegria maior não pode existir.

Rubem Alves

sábado, abril 03, 2010

A Páscoa!

A Páscoa acontece na primeira lua cheia, após a primavera, na Europa, outono no Brasil.

Podemos fazer uma analogia com a história de Jesus Cristo, que vence a morte, assim como a flores na primavera que renascem lindas, depois de um rigoroso inverno.

Que Jesus, que passou da morte para a vida, possa fortificar a esperança em nossos corações, hoje e sempre.

Que o Deus da vida, continue a nos abençoar.

terça-feira, janeiro 26, 2010

"O que for da natureza do seu ser, assim será o teu desejo / o que for seu desejo assim será sua vontade / o que for sua vontade, assim serão seus atos..."

Frase enviada por uma querida amiga do trabalho. Boa não!?
Grazie Dama.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Prece

"Suplico ao destino que me conceda a chance de ver além de mim mesma e encontrar alguém".



Mudra da generosidade
Templo Budista Zu Lai - Jan/09 (Cotia/SP)